segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mensagem

Há um galo na minha rua que não tem relógio!
Canta como se o deitar, fosse amanhecer
Repenica o canto, varia de tom,
esmaga o silêncio como se fosse dono do mundo
Não tem horas de dormir, como quem quer saber de tudo
Quando dorme, penso eu,
é de olhos abertos, botas calçadas, e catana na mão
Um dia vou convida-lo a entrar…
Quero ver de perto tão estranha figura,
que canta bravura ou apenas dedicação
Talvez seja franzino este galo…
ou um animal imponente, que apela á união
Não parece temer alguém, nem cantar para despertar os incautos
Será que está apaixonado?
Há umas galinhas vistosas, que vejo a passearem-se na rua…
Na dúvida, fico a ouvi-lo sem semear ventos


Fevereiro 2011

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