quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Tempo

Imagino o tempo em que se faz tarde
Tarde de viver
Tarde será se for só amanhã, não lutando para chegar
Talvez hoje já seja tarde, mas não alcanço o farol
Devagar se abrem portas e se fecham outras...
trancadas, ferrugentas, de tanto sentir
Onde há luz, há carreiro que outros caminham
Cabisbaixos, teimam em avançar
E de tarde se faz tempo, tempo de parar
As veredas que levam ao fim...
sinuosas, amargas...
são espelhos do passado que nos tolhe o andar
Não faz mal em chorar, nem bem há-de fazer
Dezembro 2010