Viajei, como de costume, ao anoitecer
na esperança que aqueles momentos me soubessem a anos
e me limpassem a alma do azedume
que meia dúzia de dias passados, teimaram em fazer crescer
Mochila ás costas, varas na mão como espadas
que haviam de matar a presunção
de ser eu e só eu o malfadado do destino
A noite prometia paz…o mar nada dizia
Lancei o engenho com a convicção de que me cada lançamento
um farrapo de amargura se desvanecesse na maresia…
Fixei os olhos na luz que acrescentei ao céu á espera que se transformasse em cometa
e… aconteceu!
Corri como se o mundo acabasse
O carreto gritava como se o chão lhe faltasse
A vara, antes firme, vergava na noite como se o mundo desabasse
e…fez-se dia
Quem me dera que os Homens que sonham, se façam à estrada!
2007
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