terça-feira, 12 de julho de 2011

Á deriva

Momentos tristes, noites inacabadas, eterna insatisfação
Não sei onde pertenço, talvez não pertença aqui ou aí, quem sabe, ao limbo
Talvez a penumbra seja o meu ninho, o meu refúgio
Dias cinzentos o meu alimento, o meu baptismo
Seguro firme lágrimas que chorei outrora
Calo o grito das dores que me escureceram o caminho
Vejo-me reflectido em rostos que se atravessam
Reconheço-me nalguns, como réplica de um qualquer
Jamais terei paz enquanto viver…erro vezes demais o caminho
Prostrado, acobardo-me no desassossego
Escrevo consciente a revolta de ser uno nos medos,
relator do meu próprio destino

Julho 2011

2 comentários:

Anónimo disse...

Sinto uma certa amargura nas linhas traçadas por ti.
onde esta a tua alegria? a tua força de vontade?
pareces triste, sem esperanças no futuro.
Ainda tens um longo caminho a percorrer, pareces desmotivado.
somos nos que fazemos a nossa propria felicidade, que muitas vezes deixamos escapar entre os dedos...

Anónimo disse...

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia, e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos" - Fernando Pessoa

Escolhe ser Feliz! Escolhe Viver sem Medos!