terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Dentro de mim…

A vida é uma inutilidade
Passeio-me por ela com quem passa e não vê
que uns passos a mais ou menos, não fazem um caminho…
Amarro-me à esperança de que amanhã seja diferente…
e todos os dias diferentes são iguais no destino
Construí muros,
criei raízes nesta forma atroz de passar pelos sonhos
como passo pela rua sem distinguir as pedras,
sem perceber que de pedras basta…e de rumo estou faminto.
Vislumbro o horizonte e deixo para trás bocados de mim
arrancados como quem rasga a ferros um carreiro
e atirados á terra como quem desdenha um infortúnio
Estou ávido por saber o que me espera no fim,
pôr fim a anos de arrogância para com o meu ego
despir-me de mim e adormecer em sossego.
Se ficar, levem-me para longe deste viver...

2010

2 comentários:

Ernesto Lima disse...

Viva Júlio!

Gosto do que escreves, mas sinto muita dor na expressão das tuas palavras!

Podemos sempre conversar sobre o que queiras... Não tem de ser sobre pesca!

Grande abraço

Ernesto

Anónimo disse...

Quando o vento não é favorável, tem de se remar. Quando aumentam as dificuldades de sermos nós próprios e de sermos alguém, quando o vento é contrário e não nos deixa avançar na direcção certa, há que ter a cabeça liberta, o coração bem aberto e recorrer a todas as forças para navegar contra a corrente. Não é fácil, mas é absolutamente necessário.
Destroí os muros e substitui-os por pontes, e eu cá estarei sempre a teu lado, pronta para te dar a mão e te levar para longe desse teu viver que tanto te amargura.

Um beijo meu para ti :)