segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O mar da Arrábida….

Esse mar que nasce no sopé da montanha
silencioso que se confunde com o calar da noite
segreda ao meu ouvido que das arribas que o abraçam
sangram chagas feitas por betão e aço
É necessário ferir por amor, dizem uns…
Quem ama não agride, dizem outros…
Ninguém olhou o rosto dessa Serra de lamentos
e percebeu que as pedras que por ela rolam
são lágrimas cristalizadas por anos de tormentos
Bem perto as manchas de civilização
relembram à Serra o seu destino
erguem no ar os seus pedaços

2007

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