segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cinzas...

Há desencantos que nos deixam atormentados
O mar, até há pouco companheiro, ombro amigo em que depositava lágrimas sentidas,
em que imaginava almas partidas que me acalmavam a loucura
abandonou-me na praia como se expurga-se um pedaço de areia
Pergunto-me, porquê?
Será que o mar é apenas água e a areia espólio de conquista?
Serão as vagas apenas fruto do vento que passa?
Será o imenso azul apenas um reflexo do céu?
Este sentimento que me esmaga o peito e esfarrapa o coração,
esta mordaça que me faz calar um grito de dor
por ser traído naquilo que temos de mais nobre, o acreditar
é talvez o fim de uma paixão.
Doravante o mar, será apenas mar.

2009

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