Terra de areia vermelha e de verde esbatido
Sangue das chagas que se fundem e confundem com desgraça
A dor permanece nos sorrisos de “doce” ameaça
Deixa-se o gume entrar, cospe-se o fel antes de ajoelhar
Largas avenidas, tão estreitos laços
Nas esquinas alguém espreita,
alguém se esconde de um olhar
Morre-se sem dignidade, incarna-se em ódio e vingança
Quem se perdeu, jamais encontrará um farol
Adivinha-se a agonia do golpe, antes de o machado cair
Terra de areia vermelha que se estende pela imensidão
Casa de tantos assombros e de tantas preces
Quem vem de longe, intruso neste cerco à vida
fica tão só, tão à margem, tão ávido de partir
2010
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