O mar é fruto da nossa imaginação!
O mar que é sustento, diversão, respeito e apelo ao Deus maior da serenidade, mesmo quando bravio e ladrão, não é mar!
Imagino-o como se fosse uma extensão da minha cana, vergada à maré, presa ao olhar matreiro do companheiro que trilha a areia na impaciência de que o “mar” o surpreenda…
Apetece-me gritar-lhe…Companheiro, o que está perante ti é um pedaço de ti próprio, agarra-o como se dependesse disso o teu amanhã; ele não te surpreenderá se tu próprio não fores capaz de te surpreender…
Descobri o paraíso! Descobri que para lá chegar, posso trepar pela cana, elevar-me no cume da onda, e tocar tudo o que quero…sem medo da vida, sem pavor da morte.
Descobri que o “mar” é tudo o que quero ser, quando estou longe dele!
Por isso o mar não é mar...
É um pedaço de existência que levamos para casa e que devolvemos em tudo o que fazemos
2007
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