Quem criou em pranto este pedaço de mar
Quem passou e ignorou este dilúvio de nada
Não foi certamente um Deus…
Talvez alguém que se acomoda em templos de oração,
alguém que desdenha a criação
O verde que não o é, o vermelho esbatido que pinta o horizonte
E a dor, que dói e esmaga, corações sem cor
Há dias sombrios que se agigantam nos casebres
outros que, de tão pequenos, mais parecem lamentos
E há gente que não vive…segue o rebanho
Crianças, as vivas, são testemunhos ternurentos de que,
a haver Deuses, não conhecem o amor
Pergunto-me: porque estou aqui?
Por amar demais e ser cobarde...
Quem passou e ignorou este dilúvio de nada
Não foi certamente um Deus…
Talvez alguém que se acomoda em templos de oração,
alguém que desdenha a criação
O verde que não o é, o vermelho esbatido que pinta o horizonte
E a dor, que dói e esmaga, corações sem cor
Há dias sombrios que se agigantam nos casebres
outros que, de tão pequenos, mais parecem lamentos
E há gente que não vive…segue o rebanho
Crianças, as vivas, são testemunhos ternurentos de que,
a haver Deuses, não conhecem o amor
Pergunto-me: porque estou aqui?
Por amar demais e ser cobarde...
Agosto 2011