domingo, 14 de novembro de 2010

O fim...

Sentado a um canto deste canto do mundo
No patamar em que as diferenças se esquecem e os corpos se agitam
Em que a cor se mistura e os copos se esvaziam
Baloiço de vontade as vontades que me alimentam
Passaram por mim os dias, em que chorar era coisa de Homem
Passaram também as horas em que via as horas passar e… cheguei
Sou apenas reflexos do caminho percorrido…
Com tanta ânsia de velejar até norte deste quase pesadelo
ergo bandeiras ao desprezo das memorias
acomodo-me no colo desta terra,  que imerge do quase nada
Serenamente, imagino o caminho para outra existência…
Tantas vontades, tantos temores, tantas saudades…
Talvez esteja pronto para partir
O fim mudou de rosto, mas não de alma

 
 Novembro 2010