Junto do casebre erguido com chapas de um qualquer metal
num aglomerado que se estende até onde nasce o sol
senti felicidade onde pensava existir apenas uma vil e inevitável dor
As crianças fluíram aos meus olhos
sujas, ranhosas, descalças… a brincar e a sorrir!
No lamaçal que se acumula em cada trilho
há charcos que se fundem com as entradas deste lugar
E, imaginem, crianças que se banham na lama, a pular!
A felicidade é tão crua que me deixa estarrecido!
O que pensava ser revolta, tristeza e amargura,
é afinal, outra forma de bem mais singela de viver!
Os preconceitos do ocidente diferente,
na nossa imaginação farto , prospero e exemplar
cai pelas ruelas desta terra vermelha
esmagado por esta forma simples de nada ter e não desejar!
2010
terça-feira, 23 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
Este não é o meu mar
Olhei este mar e voltei-lhe costas…
Não, este não é o meu mar.
O mar que amo está longe de banalidades como imensidão
ou do azul moreno da torreira do sol
Está longe de espraiar maresia sem odor
e de rufar a medo a melodia dos poderosos
O mar que amo esculpe as rochas com cutelo
agiganta-se á escarpa e descansa no manto salobro dos rios
Bebe nas fontes que lhe entram peito dentro
e regala-se com a paisagem que o observa imponente
Agita-se sempre que o vento que lhe afaga o rosto
e faz temer o Homem que lhe faz frente
Mancha-se de negro e branco em dias de tempestade
veste um manto azul vivo na calmaria
O mar que amo está para além deste horizonte
muito a norte deste sentimento!
Já volto mar, espera-me junto de quem me ama!
2010
Não, este não é o meu mar.
O mar que amo está longe de banalidades como imensidão
ou do azul moreno da torreira do sol
Está longe de espraiar maresia sem odor
e de rufar a medo a melodia dos poderosos
O mar que amo esculpe as rochas com cutelo
agiganta-se á escarpa e descansa no manto salobro dos rios
Bebe nas fontes que lhe entram peito dentro
e regala-se com a paisagem que o observa imponente
Agita-se sempre que o vento que lhe afaga o rosto
e faz temer o Homem que lhe faz frente
Mancha-se de negro e branco em dias de tempestade
veste um manto azul vivo na calmaria
O mar que amo está para além deste horizonte
muito a norte deste sentimento!
Já volto mar, espera-me junto de quem me ama!
2010
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