sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Até sempre

Aproxima-se o dia de mansinho
Por entre estilhaços do passado, vou pé ante pé em busca do desconhecido
Muitas são as vezes que me apetece voltar para trás
Muitas são as vezes que ao acordar, desejo não estar acordado
Há pedaços que deixamos e que nos apetece levá-los, não apenas no coração!
Por eles ficava e por eles vou partir… Contradição? Não
É este fado desconcertante
que demora anos a cuspir o amargo da traição
e é tão breve quando dele precisamos
Voltarei, quem sabe, para colher os cacos e semear alentos
nesta passagem de enganos
Se não voltar, estarei convosco em todos os momentos

2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sonhos

Ontem adormeci a ver o mar
Não dormi como quem dorme e sonha
sonhos de vida que se passeiam no olhar
Dormi de costas voltadas ao lembrar
que o mar de sonhos que hoje se fez cinza
e que vezes sem conta o hei-de escrever
será o mesmo mar que me trará de volta
os sonhos de outrora repletos de azul

2009